A MINIFesta de Trancoso
A MANIFesta de Trancoso foi levada a cabo por um consócio constituído pela Raia Histórica e a Animar. Decorreu em Trancoso, na Beira Interior, entre os dias 25 e 29 de Maio de 2005. Manteve-se a aposta do interior, desta vez na raia beirã, junto à serra da Estrela, e local de refúgio de judeus e cristão novos perseguidos pela Inquisição desde século XV.
Motivada pela preocupação de uma maior aproximação ao rural e às regiões mais deprimidas, conseguiu-se uma significativa mobilização da rede, de instituições e artistas da região, tendo participado 60 entidades (associações, artesãos, autarquias,…).
Tendo por lema a Participação para a Inclusão Social e Territorial, a MANIFesta de Trancoso deu especial atenção à promoção dos produtos do desenvolvimento local, tendo iniciado um balanço ao trabalho desenvolvido pelas organizações e iniciativas de desenvolvimento local nos últimos 20 anos à luz dos constrangimentos financeiros e dos múltiplos programas e instrumentos nacionais e comunitários. Para além desta questão, a Assembleia MANIFesta’05 abordou igualmente outras questões, como a Carta de Relacionamento Estado/OIDL, o Estatuto das ADL, como influir positivamente no processo de discussão do IV QCA e o futuro do Movimento de Desenvolvimento Local.
Preocupações que se reflectiram na nas conclusões da VI Asembleia MANIFesta, que considerou ser “possível e desejável uma parceria activa ente o Estado e a Sociedade Civil” numa base de “responsabilidades partilhadas e contratualizadas”, contribuindo assim para “ultrapassar as deficiências que se evidenciaram na execução das políticas dos últimos períodos de programação comunitária e que dificultaram a eficácias das intervenções.”
Da basta programação cultural e de animação (mais de 53 iniciativas) podemos destacar as participações de Fausto, Vitorino e Filipa Pais, do Teatro Trigo Limpo – ACERT, de caretos, bandas, grupos etnográficos, entre muitos outros, a realização de uma Feira do Livro, de provas de produtos regionais, a apresentação pública do livro comemorativo dos 10 anos da Animar, intitulado Contributo para a História do Desenvolvimento Local em Portugal, de José Carlos Albino (fundador e ex-presidente da Animar), para além das animações de rua, do espaço dedicado às crianças e das dezenas de seminários e colóquios – 35 deles dedicados ao Desenvolvimento Local.
A Feira contou com a participação de várias dezenas de entidades (70 stands) representativas do movimento de desenvolvimento local e rural, ONG, artesãos, associações culturais e entidades institucionais